Liste dez jogos que fizeram alguma diferença na sua vida (2/10)

Essa é a segunda parte de uma lista criada a partir de um desafio que rolou no Facebook em 2014. A ideia era listar dez jogos que fizeram alguma diferença na sua vida. Eu entrei na brincadeira e, além de escrever a lista, resolvi escrever um pouco sobre esses jogos. Publiquei aqui a primeira parte e por uma série de motivos acabei deixando as outras para depois, um depois bem longo como podem verificar.

Mas, antes tarde do que nunca. Lá vai o segundo jogo…

Digger

digger

Digger foi um jogo desenvolvido por Rob Sleath e lançado em 1983 para PC pela empresa canadense Windmill Software, que hoje em dia não mais desenvolve jogos.

O jogo se desenvolve no subterrâneo, onde você (que tem uma escavadeira – digger) pode cavar (dig) túneis horizontais e verticais e já existe um túnel cavado. Em vários lugares estão espalhadas esmeraldas e sacos de ouro. Você deve abrir caminho escavando a terra e comendo as esmeraldas, ganhando pontos e até bônus em alguns casos. Se você escavar a terra sob um saco de ouro, ele vai tremer por alguns instantes e cair. Dependendo da altura, o saco poderá se abrir e você poderá coletar o ouro, o que te dá mais pontos.

É claro que precisa haver algo para te atrapalhar nisso, e nesse caso são monstros (nobbins), que vão aparecendo de tempos em tempos no canto superior direito da tela e te perseguindo pelos caminhos que você mesmo vai abrindo. Se um monstro te pegar você perde uma vida e se perder todas as vidas precisa começar tudo de novo.

Há algumas formas de matar um monstro: dando um tiro nele, mas a arma demora um pouco para recarregar; outra forma é soltar um saco de ouro sobre o monstro. Um detalhe interessante é que você pode empurrar os sacos de ouro para a esquerda ou para a direita e isso te dá mais possibilidades para matar os monstros conforme vai abrindo caminhos na terra.

Toda vez que você mata um monstro, um novo aparece no canto superior direito da tela até uma quantidade que vai depender do nível em que esteja jogando naquele momento. Quanto maior o nível, mais monstros vão aparecendo em intervalos cada vez menores. Depois que todos os monstros tiverem aparecido, uma cereja aparecerá em algum lugar da terra. Se você conseguir coletá-la, entrará em modo bônus e poderá durante alguns segundos comer os monstros – algo bem parecido com o que ocorre em Pac-Man. Esse tempo do modo bônus vai diminuindo conforme você avança de fase.

Ainda tem um detalhe sobre os monstros: em níveis mais avançados eles mudam para a forma de hobbin e com isso sua vida ficará mais complicada, pois eles poderão cavar e destruir as esmeraldas e os sacos de ouro.

O áudio de Digger era muito interessante: durante o jogo normalmente era tocada uma música synthpop chamada “Popcorn”, criada por Gershon Kingsley em 1969 e que lembrava o estouro da pipoca. No modo bônus era tocado um trecho da Overture de Guilherme Tell e se você perdesse uma vida era tocado um trecho da Marcha Fúnebre, fora os sons dos efeitos que eram bem legais.

Para avançar um nível basta coletar todas as esmeraldas ou matar todos os monstros. Parece fácil? Dá pra tentar saber. Hoje em dia existe uma versão de Digger que pode ser jogada aqui e é bem fiel ao jogo original, pelo que me lembro.

Bem, essa série é sobre jogos que fizeram alguma diferença na minha vida. Está curioso para saber? Deixe um comentário que eu conto. 🙂

Redução da maioridade penal – algumas palavras

Uma discussão que tem ocorrido – não de hoje – é sobre a redução da maioridade penal. Há quem seja favorável, quem seja contrário e quem não tenha opinião definida.

Aos contrários à redução da maioridade penal pergunto: qual a solução para o curto prazo?

No meu entendimento para o longo prazo é a Educação, é o melhor uso dos impostos para propiciar serviços públicos de qualidade e melhores condições de vida, o que pode vir a tornar a criminalidade cada vez menos atraente.

Mas e para hoje? Eu saio de casa e minha esposa fica torcendo e rezando para que eu volte vivo. Isso porque eu não sou policial, sou professor. E não trabalho no meio de uma zona de guerra.

Semana passada mais um se mudou da vizinhança pois foi assaltado na frente de sua casa com um “cano” na cabeça. Para sorte dele só levaram o carro. Hoje os caras estão matando por nada. E parte deles é de menores de idade, alguns deles ruins.

Tem gente má. Gente que mata para ouvir o barulho do corpo caindo no chão. Alguém aqui já ouviu esse depoimento? Eu já. O que dizer de um menor desses? Coitadinho? Vítima do sistema? Pode ser mas…e a pessoa que tomou o tiro é o quê? Culpada? Só faltava essa. O rabo está abanando o cachorro. Virou moda dizer que o culpado não é o bandido.

As pessoas estão ficando desesperadas. Os focos de revolta estão começando a crescer. Volta e meia vemos notícias de populares que lincharam bandidos que não conseguiram perpetrar os crimes e nem escapar. É esse o caminho em que a sociedade vai entrar? Justiça com as próprias mãos? Têm certeza de que esse é o mundo em que querem que seus filhos cresçam?

Realmente é uma situação complicadíssima. Estamos em guerra civil. Só não admite quem não quer. E pergunto novamente: qual a solução para o agora? E solução prática, que possa ser implementada hoje, não utopias ou sonhos.

Eu (e vários que conheço) cresci numa época em que governos faziam um monte de merdas no que se refere aos direitos individuais, mas vagabundo tinha medo da “barca”. Só um suicida entrava em confronto com a polícia. Havia criminalidade? Sim, havia. Mas nada próximo ao que está acontecendo. Hoje o policial precisa se esconder, os bandidos estão disputando para ver quem mata mais. Isso é certo? Faz sentido? Realmente é isso que a sociedade quer?

Não estou pedindo a volta dos militares ou qualquer besteira dessas. Só quero o que os não criminosos querem: viver em paz. Que essa barbárie seja exceção e não praticamente a regra, pois é o que está acontecendo.

Alguém tem uma solução para hoje, para que possamos tentar viver em paz?

Um pensamento sobre a terceirização

Boa parte deste texto está em um post meu no Facebook, dentro de um grupo do qual participo. A discussão era relacionada aos possíveis impactos da terceirização para os profissionais e empresas de desenvolvimento de games. No Brasil, boa parte das empresas de games são bem pequenas e o mercado ainda está em desenvolvimento, de forma que é difícil para muitas dessas empresas sobreviver, o que justificaria terceirizar sua força de trabalho ao invés de pagar os pesados encargos trabalhistas por terem de contratar funcionários celetistas.

A terceirização de “atividades meio” já é permitida pela legislação, tanto que existem empresas especializadas em fornecer mão de obra como ascensoristas, vigilantes e profissionais de TI, desde que não seja para empresas que não sejam desses ramos de atividade. Por exemplo: um banco pode terceirizar profissionais de TI que atuem nele, mas não os caixas ou gerentes. No caso de uma empresa de desenvolvimento de games, não seria possível terceirizar um programador ou um artista visual, por exemplo, pois eles atuam na atividade fim da empresa.

A terceirização se dá de mais de uma forma, sendo comum em certas áreas que o profissional seja um “PJ”, ou seja, tenha de abrir uma empresa para poder prestar serviços a quem o contrata. Em outros casos, o profissional é contratado via CLT por uma empresa, que oferece a mão de obra a uma outra. Isso é comum em fornecedores de serviços gerais, como limpeza e vigilância, por exemplo.

O PL 4330/04, de autoria do deputado Sandro Mabel (lembrou das bolachas? não é coincidência), prevê que a terceirização passe a ser possível para todos, independente de atuarem em atividades meio ou atividades fim. Isso significa que os caixas e os gerentes poderão ser terceirizados em bancos, que professores poderão ser terceirizados em escolas e faculdades e assim por diante. Esse projeto de lei vem sendo alvo de muitas discussões e há os seus defensores, assim como os seu detratores.

A primeira vez que eu ouvi falar em CLT x PJ foi em 1993, provavelmente já se falava nisso antes e não apenas em ocupações ligadas à TI. A história é sempre a mesma, as enganações e as frustrações também.

O papo de que se pode receber mais pois o cliente (na verdade o empregador disfarçado em muitos casos) não tem que pagar os encargos trabalhistas é uma grande falácia em muitos casos. Para alguns pode ser uma novidade, mas a exploração do PJ (nesses casos na verdade um empregado que não tem CTPS assinada) existe há bastante tempo e não se pode ser inocente, pois o poder está nas mãos de quem detém o capital, de quem vai te pagar pelo trabalho que desenvolver.

Outra ingenuidade que não pode existir é a de achar que deputados, senadores, a pqp, vão pensar em nós na hora de elaborar uma lei. Os caras pensam é neles mesmos na maior parte do tempo. Nós (e boa parte da população) somos um mal necessário na visão desses caras. Alguém tem que pagar a conta e somos todos nós. Não tem nenhum bonzinho em Brasília ou nas casas legislativas do restante do Brasil.

Que vantagem o “cliente” (na verdade o empregador) teria em te pagar o equivalente ao INSS, 13º, férias, FGTS e vale transporte (estou citando o pacote básico de benefícios da CLT)? Você precisará negociar o seus honorários (na verdade seu salário disfarçado).

O que acaba acontecendo em muitos casos é que se recebe 1000/mês sendo PJ, os mesmos 1000 que receberia sendo CLT (substitua 1000 pelo valor que achar melhor). Aí todo mundo fica contente: o “cliente” que não teve de pagar os encargos trabalhistas, e você vai se achar super independente por não ter uma CTPS assinada, “coisa de velho” ou “não combina com a era digital” como gostam de dizer os avançadinhos.

Só que você, que se acha o espertão, não vai ter férias, 13º, FGTS, terá de recolher o seu INSS se quiser contribuir para a Previdência, vai pagar pelo seu transporte se tiver de trabalhar dentro do “cliente”, não vai ter subsídio para um plano de saúde ou quem sabe um ticket refeição. Você, trabalhador da era do conhecimento, da economia criativa, dos games que são tão cool e não essas coisas de velho, da economia do “brick and mortar”, da era industrial como a CLT, terá de bancar tudo isso.

Pode haver casos em que realmente seja melhor para as duas partes (empregador e empregado ou cliente e prestador de serviços, como queira) uma relação de PJ, desde que não seja um emprego disfarçado. Não vejo que faça sentido CLT para freelancers, por exemplo.

Mas se alguém precisa trabalhar para uma empresa com regularidade de horários, dias da semana, tem chefe, responsabilidades definidas e outras coisas típicas de funcionários, é um funcionário. Pode até não gostar disso, mas é. E aí é exploração manter um funcionário sem colocá-lo na CLT, a não ser que você o pague muito bem e isso compense os encargos que não recolherá.

E não tenham dúvida de que empresários de determinados setores, como a educação por exemplo, já estão se preparando para esse cenário de terceirização. Como sempre, levas e levas de professores serão demitidos nas instituições particulares ao final do semestre e serão recontratados como terceiros, ganhando o mesmo ou menos. Quem vai se beneficiar disso?

Tem quem defenda a possibilidade de terceirizar os funcionários públicos pois, na visão desses, não passam de um bando de sanguessugas improdutivos e que ainda desfrutam de estabilidade. Eu sou funcionário público e onde trabalho não tem ninguém encostado. O que não podemos fazer muitas vezes é decorrência das amarras legais e não da falta de vontade. E me arrisco a dizer que é assim em muitos lugares. Tem os vagabundos? Sim, como há em qualquer lugar. Mas são exceção e não regra.

E aproveito para perguntar: onde está o real problema do Brasil, na terceirização? O pessoal está perdendo o foco. Olhem para Brasília, para as casas legislativas de estados e municípios, para os palácios do governo nos estados. Boa parte dos nossos problemas vem desses lugares. E com esse pessoal, vai acontecer o quê?

Desafio: liste dez jogos que fizeram alguma diferença na sua vida (1/10)

Está rolando um desafio no Facebook no qual as pessoas desafiadas precisam listar seus dez jogos preferidos, ou dez jogos que fizeram alguma diferença em suas vidas, ou dez jogos que você curtiu por algum motivo etc.

Eu tenho uma lista, que não é a de “melhores jogos” ou “os mais não sei o que”. São dez que eu curti muito jogar e que me vieram à cabeça na hora, sem qualquer ordem de preferência.

Vamos ao primeiro…que rufem os tambores…

Afterburner

Afterburner (arcade)
Lançado em 1987 pela SEGA, é um arcade de simulador de combate aéreo. Você joga dentro de uma cabine estilizada e pilota um F-14 Tomcat para cumprir as missões, destruindo os inimigos e desviando dos tiros e mísseis deles.

O grande barato do jogo, para mim, era que a cabine se mexia conforme as manobras que eu fazia no manche. Claro que não dava um loop, mas já era sensacional (pelo menos para mim). A forma como o som ecoava na cabine era outra coisa que eu adorava e me envolvia bem nas partidas. E dá-lhe fichas…

Li na Wikipedia que houve versões de Afterburner para outras plataformas, como Commodore 64, MS-DOS, MSX, NES, Master System e ZX Spectrum. Eu não tive oportunidade de jogar nenhuma dessas outras e tenho certeza de que não seria possível reproduzir a sensação de estar na cabine que a versão inicial, do arcade, permitia.

Tem um vídeo legal de gameplay que eu achei no Youtube para quem nunca viu (ou jogou) ter uma pequena ideia de como era.

Não percam o próximo jogo, em breve. Se quiser fazer algum comentário fique à vontade. Aproveite e faça sua lista.

Atualização em 13/01/2016: finalmente consegui escrever sobre o segundo jogo. Clique aqui e confira.

Oportunidade: Estágio em Redes

Segue descrição para vaga em Estágio em Redes:

– Atendimento e suporte técnico ao usuário final, rede Windows e Office, hardware, e-mail e Internet e acompanhamento de chamados;
– Conhecimentos Active Directory e Exchange, estrutura de redes, firewall, proxy, GPO, permissões e rotina de backup;
– Conceitos de DNS, DHCP, IP e acesso remoto.
– Ótima comunicação escrita e verbal;

Oferecemos: Bolsa-auxílio compatível com o mercado, auxílio transporte, auxílio refeição e treinamento. Excelente oportunidade de aprendizado e desenvolvimento profissional.
Vagas para alunos que estejam cursando curso superior na área de tecnologia no período da manhã
Horário do Estágio: 13h às 19h

Bolsa-auxílio compatível com o mercado, auxílio transporte, auxílio refeição, Assistência médica e caso tire alguma certificação Microsoft reembolsamos 100% do valor da prova.

Excelente oportunidade de aprendizado e desenvolvimento profissional.

Entre em contato com o email: mpompeo@penso.com.br

Oportunidade: Quality Assurance – Red Hat

O time de Engenharia de Qualidade da Red Hat está procurando por candidatos com habilidades em desenvolvimento e com um background em quality assurance (QA). Você irá trabalhar em um time internacional de desenvolvedores e engenheiros de qualidade utilizando as mais recetentes tecnologias relacionadas ao mundo Linux. Mais informações clicando aqui.

Oportunidade: Estágio para Desenvolvimento Front-End – São Bernardo do Campo (SP)

Conhecimentos básicos de programação front-end
– Conceitos de OOP
– HTML e CSS
– Noções de PHP

Diferenciais
– Portifólio
– Conhecimento da tecnologia AJAX
– Conhecimento das API’s de HTML 5 como Canvas, Áudio e WebSocket

Currículos devem ser enviados para
Rodrigo Damasceno de Carvalho
rodrigo@jpiaget.com.br

Oportunidade: Programador C (Jr, Pl, Sr) – Alphaville

Recebi essa em uma lista de discussão.

A empresa onde trabalho, APPI Tecnologia, está contratando programadores C, em todos os níveis profissionais (Junior, Pleno e Senior), para a área de Alphaville, Grande São Paulo.

Aqui na Appi, desenvolvemos produtos para POSs. (POS é o dispositivo conhecido como “maquininha de cartão de crédito”). O principal produto desenvolvido por nós é o POSWeb, um runtime-environment, englobando papeis de Maquina Virtual e, em alguns casos, funções de Sistema Operacional. Nosso produto é multi-plataforma, executando em POSs de diversos fabricantes (Verifone, PAX, Sagem, Ingenico, entre outros..). Utilizando nosso produto, nossos clientes conseguem ter a mesma aplicação executando em diversos terminais diferentes.

Nosso produto abstrai as diversas APIs de diversos fabricantes, numa linguagem de script interpretada (wmlscript ou lua). Abstraímos desde a comunicação (GPRS, 3G, WIFI, Dial, etc), gerenciamento de arquivos, até a IO e interface com o usuário (tela touch, cartões contactless, smartcard, tarja magnética, etc)

Em relação à abrangência, nosso produto executa em milhões de terminais, tendo alcance global. Somos líder de mercado no Brasil, temos diversos clientes na América Latina, e também presença nos Estados Unidos, Europa e Asia.

Desenvolver este produto é uma atividade extremamente interessante e desafiante, dada a complexidade descrita acima. Para programadores que gostam de desafios (acredito que todos nessa lista), essa é uma boa oportunidade para fugir do usual CRUD (o velho Create, Retrieve, Update, Delete, de aplicações de TI), tão comum no mercado de trabalho brasileiro. Além disso, é extremamente gratificante ver o resultado do seu trabalho nas ruas. (um de nossos clientes é a Cielo).

Interessados, enviar CV para rtott@appi.com.br

Um “Exame da OAB” para todos: será que é por aí?

A partir de um artigo chamado A prova da OAB e os milhares de não advogados, da Sabine Righetti, colunista de políticas de Educação e Ciência da Folha online, resolvi dar minha opinião sobre o assunto.

Sugiro ler o artigo antes do texto que publico abaixo.

Sem entrar nas especificidades do Exame da OAB, uma vez que sou leigo, penso que todos os cursos deveriam ter algo parecido e que a aprovação nesse exame deveria ser requisito para emissão do diploma. Não tenho dúvidas de que haveria um pouco mais de seriedade por parte de certos alunos – que muitas vezes não estão minimamente preocupados com o esforço que deveriam fazer para estudar já que terão seu diploma garantido após pagar suaves prestações. E as instituições de ensino superior que passasem a ter menos alunos diplomados teriam de tomar as suas providências para melhorar o quadro ou acabariam perdendo alunos com o passar do tempo.

Além disso, penso que a nota do ENADE deveria vir impressa no histórico escolar e no diploma de graduação, pois como somente as instituições são penalizadas quando há uma nota baixa no ENADE, muitos “estudantes” não dão a menor importância para a prova. Vários chegam de ressaca por causa da “balada”, isso quando não chegam devidamente “calibrados”, seja pelo álcool ou pelo THC – para citar o mínimo. O ENADE é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, não das instituições.

Não se trata de satanizar o aluno e colocar toda a culpa nele, mas não se pode negar que existe negligência e desinteresse por parte de muitos alunos, que hoje encontram uma instituição em cada esquina, quase se batendo com as concorrentes para captar mais esse “cliente” e essa posição de “cliente” é muito cômoda, claro que equivocada pois Educação não é geladeira. Aliás, eu queria saber quem inventou essa história de “aluno cliente”.

De qualquer maneira, é uma questão bem polêmica. Há pessoas que defendem que o MEC deveria fiscalizar melhor os cursos, outros que atribuem às entidades de classe um papel importante nessa fiscalização. Existem alunos a favor de exames como o da OAB, outros são contrários. O importante é que continuemos a discutir e tentar desenvolver ações para a melhoria da qualidade de ensino, sem esquecer que isso depende não apenas da instituição de ensino, mas dos seus alunos, que no meu modo de ver são os maiores interessados nisso.